Escassez do álcool no país eleva o preço do produto misturado à gasolina comum. A gasolina aditivada estava a R$ 3,22 o litro, já o álcool hidratado teve o preço mantido em R$ 2,57.
Manaus - Menos de um mês após o último aumento, os postos de revenda de combustíveis de Manaus reajustaram mais uma vez o preço da gasolina. Levantamento feito, ontem, mostra que o litro da gasolina chegou a R$ 3,07 em alguns postos da cidade.
Em um posto de bandeira Sheel, na avenida Grande Circular, bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus, o preço do litro do produto mudou três vezes em menos de um mês. Há quinze dias o preço do litro passou de R$ 2,70 para R$ 2,89 e, no final da tarde de sábado, foi reajustado novamente para R$ 3,07 o litro. A gasolina aditivada estava a R$ 3,22 o litro, já o álcool hidratado teve o preço mantido em R$ 2,57.
Assim como na zona norte, nas zonas leste e centro-sul é possível encontrar postos com preços que variavam de R$ 2,85 a R$ 3,07.
O professor universitário, Helder Pimenta, 26, passa a semana observando os postos com preços mais baratos para abastecer no fim de semana. “É um absurdo esses aumentos um atrás do outro, por isso procuro saber durante a semana em qual posto a gasolina está mais em conta para abastecer com alguma vantagem”, relatou.
No posto de bandeira Shell, localizado na Avenida Torquato Tapajós, na zona centro-sul da capital do Amazonas, a gasolina aditivada está a R$ 3,22 o litro há dois dias. A gasolina C ou comum custava ontem R$ 2,99 no posto, mas no momento em que a reportagem estava no local não havia gasolina comum disponível para abastecimento, só a aditivada.
O taxista Walter Pereira, 32, não se conforma com o aumento dos preços dos combustíveis nas últimas semanas. “Desde o início do ano, eu gastava R$ 60 de gasolina por dia para circular, hoje chego a gastar até R$ 90 por dia”, afirmou.
Em um mês, os gastos com gasolina da família do consultor de vendas, Marcos Santana, 22, aumentaram 70%.
Para o Sindicato dos Comércio Varejista de Derivados do Petróleo, Lubrificantes, Álcoois e Gás Natural do Amazonas (Sindcam), apesar das altas nos preços dos combustíveis nas usinas, os revendedores não passaram toda a elevação de custo de aquisição que vem enfrentando nos últimos meses.
Para o Sindicato dos Comércio Varejista de Derivados do Petróleo, Lubrificantes, Álcoois e Gás Natural do Amazonas (Sindcam), apesar das altas nos preços dos combustíveis nas usinas, os revendedores não passaram toda a elevação de custo de aquisição que vem enfrentando nos últimos meses.
Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), desde o início do ano, o litro de etanol anidro, que é misturado à gasolina A para formar a gasolina C, subiu 113% nas usinas, o que elevou o custo da gasolina em 17%. No mesmo período, o litro da gasolina C subiu 9,5% na distribuição e 8,6% na revenda, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
Por Beatriz Gomes (d24am.com)
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